MINISTRO LIBERDADE CONSTERNADO COM A MORTE DO GENERAL-DE-EXÉRCITO XIYETU
O ministro da Defesa Nacional, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, João Ernesto dos Santos "Liberdade” expressou, hoje, que foi com a mais profunda consternação que tomou conhecimento do passamento físico do General-de-Exército(Reformado) João Luís Neto “Xiyetu”, ocorrido em Luanda, a 26 de Março do corrente, por doença.
Numa mensagem condolências enviada a família, o Ministro sublinha que o malogrado foi um nacionalista, político e militar que muito cedo disponibilizou-se à luta de libertação nacional contra o colonialismo português, filiado no Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), com inquestionável espírito de dedicação e entrega às causas mais nobres do povo angolano.
Como guerreiro e comandante, exerceu relevantes cargos em que se destacam os de Chefe do Estado Maior da Frente Leste, com que subscreveu a declaração do acto de Proclamação das Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA), a 1 de Agosto de 1974.
Lê-se ainda na mensagem, que com a proclamação da Independência Nacional, a 11 de Novembro de 1975, particularmente com a tomada de posse do primeiro governo da então República Popular de Angola, o General-de-Exército Xiyeto foi nomeado Chefe do Estado Maior General das Ex- FAPLA-Primeiro Exército Nacional.
Nas Forças Armadas Angolanas (FAA), o malogrado atingiu o posto militar de General, com que exerceu o cargo de Conselheiro do Chefe do Estado Maior de General das FAA, tendo sido, posteriormente, promovido ao posto militar de General-de-Exército e licenciado à reforma, bem como fundador e primeiro Director Geral da Caixa de Segurança Social das FAA, actual Instituto de Segurança Social das FAA.
O General-de-Exército “Xiyetu”participou nos processos de criação das instituições do Estado angolano, particularmente às castrenses, em que exerceu responsabilidades de topo, relevantes serviços prestados à Pátria, como contributos na conquista e preservação da independência nacional, da integridade territorial, da paz, unidade e reconciliação nacional, e do Estado democrático e de direito.
Com o seu desaparecimento físico, o país e o Sector da Defesa Nacional, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, perdem mais uma importante biblioteca do acervo histórico-militar do processo da institucionalização dos órgãos de Defesa e Segurança Nacional do Estado angolano.