O Presidente do acto, ao discursar no 33º aniversário da batalha e no 3º aniversário como dia da Libertação da África Austral,  afirmou que, a Batalha do Cuíto Cuanavale, ocorrida de Novembro de 1987 a 23 de Março, foi um acto de resistência heroica do povo angolano, onde destemidos combatentes protagonizaram uma gesta que dificilmente será apagada da nossa história, pois constitui uma página escrita com suor e sangue de muitos dos melhores filhos angolanos e lágrimas de muitas mães para sempre enlutadas. "A acção gloriosa e heroica dos nossos valorosos camaradas foi e continua a ser sendo relevante, porquanto sem olhar à sacrifícios nem medir consequências protagonizaram um desempenho sem paralelo para que o exército racista da África do Sul e seus aliados fossem derrotados”, concluiu.

O representante do Fórum dos Combatentes da Batalha do Cuíto Cuanavale, Tenente-general António Valeriano, referiu que, três décadas depois das acções combativas que alteraram a geopolítica da África Austral no triângulo do tumpo, ficam para trás inesquecíveis recordações de invulgar coragem, bravura e firme determinação dos combatentes angolanos que, com apoio de um número limitado de especialistas militares cubanos e assessores militares russos, foram capazes de repelir os ataques da aviação e o avanço de grandes unidades mecanizadas e aeroportuárias, apoiadas com tanques e artilharia pesada de longo alcance do exército racista Sul-africano, cujo regime pretendia a todo custo impedir a independência da Namíbia, perpectuar o sistema de segregação racial e submeter os países da região Austral do nosso continente à situação de dependência e submissão politica, económica e militar.

Por sua vez, o governador provincial do Cuando Cubango, Júlio Bessa, na sua mensagem de boas vindas, desejou boa estadia aos visitantes e enfatizou que, foram os jovens que participaram na batalha e apelou ao Estado a investir mais na educação patriótica dos jovens, que tem sido cada vez mais excassos.

Participaram ao evento os ministros da Administração do Território, da Cultura, Turismo e Ambiente, da Juventude e Desporto Eclesiásticas, os Secretários de Estado do Interior, o Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas Angolanas, o Comandante da Polícia Nacional, entidades Eclesiásticas e Tradicionais e o público em geral.